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III ENCONTRO DE EXTENSÃO DO CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA
RURAL - CAMPUS DE PATOS - UFCG
MINI-CURSO “CUIDANDO DO SEU ANIMAL DE ESTIMAÇÃO”
Coordenador: Prof. Dr. Almir Pereira de Souza
POSSE RESPONSÁVEL DE ANIMAIS
A posse responsável de animais tem sido um tema abordado com freqüência na
sociedade civil de um modo geral. Nos grandes centros diversas Organizações Não –
Governamentais (ONGs) tem se dedicado a levar esta mensagem aos proprietários dos
animais e, principalmente, os futuros proprietários destes para que desta forma seja
possível reduzir a quantidade de animais errantes e os maus tratos que são aplicados
tanto aos errantes como aos domiciliados. Entretanto, este tema ainda é pouco discutido
em cidades de menor porte como Patos, mas também pouco é aplicado em cidades
como João Pessoa e Campina Grande.
Mas, o que vem a ser “Posse Responsável” ? Aplica-se esta terminologia a um
conjunto de medidas utilizadas para fomentar na sociedade a forma correta de se ter um
animal de estimação, sejam estes domésticos ou silvestres, evitando-se assim o
aparecimento de doenças, os maus tratos e aumento da população de animais errantes. A
posse responsável implica em levar conhecimento aos proprietários para que estes
compreendam que o simples fato de se ter um animal em seu lar acarreta compromissos
para com o mesmo, compromissos estes que não se resume apenas em oferecer alimento
e um lugar para o mesmo dormir. Mais do que isso, necessário se faz a adoção de
medidas sanitárias corretas como vacinação, vermifugação, controle de ectoparasitos
(pulgas e carrapatos), fornecimento de dieta balanceada, e outras medidas gerais que
visam a inibição do estresse, como ambiente limpo e com temperatura adequada, espaço
para o animal se exercitar, passeios regulares etc. Ademais, é importante frisar que
muitas vezes o proprietário não é portador de conhecimentos específicos das raças
disponíveis, adquirindo assim animais com aptidões incompatíveis com o modo de vida
do proprietário e com a casa em que este reside. Normalmente o pré-requisito utilizado
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para a aquisição de animais é a sua aparência. Mas o que dizer de um filhote de
Rottweiler com 45 dias de idade ? Este se assemelha a um ursinho de pelúcia ! Porém,
ao atingir a fase adulta este “ursinho” vem a se tornar um dos melhores animais de
guarda, pesando até 55 kg. Neste ponto o proprietário pode não querer mais o animal
elencando, para isto, uma série de motivos: tenho crianças em casa, meu quintal é
pequeno, minha esposa tem medo do cão etc.
Outro fato bastante notório é presentear crianças com animais de estimação, na
maioria das vezes cães. No início as crianças se comprometem a cuidar dos seus
bichinhos. Porém com o passar do tempo a criança vai perdendo o interesse pelo animal,
ou este quando atinge a fase adulta não aceita mais fazer as brincadeiras de outrora, o
que faz com que a criança não queira mais o animal. Assim, um dos preceitos aplicados
pela Posse Responsável é: “Amigo não é presente, animal não é brinquedo”. É válido
lembrar que os animais tem atingido hoje uma maior longevidade. Desta maneira, quem
adquire um cão ou um gato deve estar preparado para cuidar dele por pelo menos 10
anos, as vezes até 20.
Estes são os preceitos iniciais da posse responsável que devem ser incluídas já a
partir da infância, nas escolas, para que se possa criar no futuro uma geração de adultos
responsáveis e comprometidos com os animais que o cercam.
Como educar seu filhote
O cão, a princípio “selvagem”, vivia em matilhas onde, mesmo existindo cargos
hierárquicos, todos os componentes eram comandados por um único líder. Com o passar
dos anos, este foi “domesticado” e hoje continua com a mesma organização, sendo que
sua matilha é representada pela família humana, onde os poderes de líder foram
transferidos para o seu dono, ao qual ele irá obedecer.
Para que se obtenha um bom relacionamento entre homem e cão, o proprietário
(líder) deve, com exemplos e atitudes, mostrar ao cão (de preferência ainda filhote) qual
é o comportamento ideal a ser seguido, e isto é construído com tempo, carinho, respeito
e paciência, sempre visando uma harmonia entre todos da família. Durante a construção
do comportamento do animal, o que chamamos de adestramento, devem ser
desestimuladas brincadeiras, tais como cabo-de-guerra, pois elas ativam o espírito de
disputa do cão, para que o mesmo não aprenda a desafiar o chefe do grupo.
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Visando um melhor aprendizado, o proprietário precisa promover uma educação
baseada na troca, onde o cão deve ser sempre elogiado e gratificado imediatamente após
realizar atividades corretas ou demonstrar submissão a algum componente da família, da
mesma forma que deve ser r